segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Três versões de uma estória



Três estórias

Mil caminhos

E um mesmo caminhar

Tão incerto é o teu destino

Porque insistes

Em planejar?

Chora somente tua dor

Que é hoje única certeza

Lamenta a ausência do amor

E a insistência da tristeza

Porém não sejas egoísta

Socialize a solidão

Que dói menos

Tendo em vista

A angústia do irmão

E ao seguirmos por essa trilha

Fazendo um percurso que não é o diário

Encontramos na solidão conjunta

A solidão de um caminhante solitário

Fiel amigo que outrora tememos

Que traz em sua cor o tom de sua vida

Que leva nos olhos a dor que já temos

Que cicatriza com a língua a velha ferida

Um a mais a engolir o presente amargo

A chorar pelo passado escuro

A carregar a esperança junto ao fardo

E a salivar com ânsia pelo futuro

Aprende com este a virtude de ser fecundo

Mesmo que seja na aridez do teu sofrer

Pois sob o sol cálido do insensível mundo

É que ocorre o mais lindo florescer

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