Mais um calar
Mais um sentir
Mais um falar
Eis meu devir
Ouvir...
Sorrir...
Mesmo que ninguém me ouça
Mesmo que ninguém me note
Porque é sorte
Amar o que nos ama
E é forte
O pulsar de além da cama
Um drama
Sem fama
Divina comédia
De risos forçados
A Pagã tragédia
De prantos disfarçados
Espetáculo!!!
O sorrir pr’além da dor
E o amor
Traja um belo figurino
Que de tão verissimilhante
Fez-me acreditar que ele existe...
Insiste...
Em assistir um elenco que te assiste
Inerte
Incolor
Indolor
Máscaras
Luvas
Lágrimas
Unhas e dentes
Mentes...
Mente ... que eu acabo por acreditar
Mas não demore a encenar
A Luz se apaga
É fim de ato
E é fato:
Ninguém te aplaudiu...