quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Paciência

Ela passa...
Pé ante pé
A caminho
E não sabe onde está precisamente
E não sabe precisamente aonde vai...
A estrada como única certeza
Mas para seguir ou para voltar?
Amar: mais cama do que banho e mesa
E talvez sutileza pra continuar...
E ela segue o passo
E por ela eu passo
Sem saber que nesse jogo
O que primeiro chegar
Ganha a última posição,
Perde por ter que esperar...

Problematizar


Cada elemento em seu conjunto...

E, em meio ao infinito de meu próprio vazio,

Eu sou a intersecção!!!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Efêmero


Tivéssemos nós ouvido Heráclito...
Mas já não podemos voltar atrás!
Também deveras
O Rio não é o mesmo...
E os mesmos não somos mais...
Mudaram as estações...
E pra mim é sempre PRIMAVERA!!!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Doces (ou) Travessuras


A lua...
A rua...
E um convite para romper a distância
Errância...
Infância...
E nossas infindas brincadeiras
Boca, beijo, sorriso
E aviso:
Nada há de mais doce!!!
As mãos espalmadas...
As roupas espalhadas...
O tudo que se cria do nada...
A infância verdadeira
Tudo faz parte da brincadeira
O calor, o suor, a risada

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por Oneide Andrade...


Como falar de você
Sem dizer Luciana
Sem vislumbrar luz e Ana
Sem pensar em estrelas?
Luci dos amantes
Em tom de poesia...
Guarda em si as Verônicas,
As Rosas e as Margaridas
Entre os mistérios das Marias
Luciana, filha de Ana...
Cheia de luz

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Paladar

Amor...
Sabor requintado
De um fino tempero,
Do sentir misturado...
O doce sabor do beijo
E, da lágrima, o gosto salgado...
As vezes chega a amargar,
Mas não nos tira o apetite...
E, por mais que se evite,
Insistimos em degustar

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Irrevogável

Aprovada a nova lei:

"SER FELIZ"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Imperdoável

No mesmo espelho em que me desnudo
Eu mudo
E, muda, contemplo meu próprio pranto
Encanto...
Aquele que se quebrou
Em sete anos de azar
Setenta vezes sete...
Serias capaz de me perdoar?
Eu imagino que não
Pois não se admite perdão
Para o abominável crime de amar...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Confiança



Por tanto duvidar de mim
Acreditei em ti...
E por ironia
Tu também te enganavas...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sininho


Uma fada segredou-me

O caminho pra felicidade

Rumei na direção contrária...

Não acredito em fadas!!!

Livre Arbítrio




Mentias...
Teu olhar gritava inverdades
E eu acreditei
Levaste o direito que eu tinha de te condenar
Deixaste apenas o livre arbítrio
Mas de nada me serve
Nunca soube escolher...
Deveria eu esconder???
Ocultar a minha sombra é impossível
Mas como gritar ao mundo o indizível
Se me envergonho de ser o que sou?
Caí da mudança...
E ainda queres saber onde estou???
Exatamente onde me largaste!!!

Espetáculo


Mais um calar
Mais um sentir

Mais um falar
Eis meu devir

Ouvir...
Sorrir...
Mesmo que ninguém me ouça
Mesmo que ninguém me note
Porque é sorte
Amar o que nos ama
E é forte
O pulsar de além da cama

Um drama
Sem fama
Divina comédia
De risos forçados
A Pagã tragédia
De prantos disfarçados
Espetáculo!!!
O sorrir pr’além da dor
E o amor
Traja um belo figurino
Que de tão verissimilhante
Fez-me acreditar que ele existe...
Insiste...
Em assistir um elenco que te assiste
Inerte
Incolor
Indolor
Máscaras
Luvas
Lágrimas
Unhas e dentes
Mentes...

Mente ... que eu acabo por acreditar
Mas não demore a encenar
A Luz se apaga
É fim de ato
E é fato:
Ninguém te aplaudiu...

Desabrochar


A alegria fingida
É, de tudo na vida,
O que me causa mais dor
E o ódio em que me perco
É, do jardim, o esterco
No qual floresce o amor...