segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Avesso

Tudo ao avesso

O incorruptível agora também tem preço

A certeza se perdeu

Incerta de que caminho deveria seguir

A lágrima rola

Com o desejo intenso de fazer sorrir

Os papéis se inverteram

Como um livro lido através do espelho

O que antes era essência

Já não é tão importante

E quem ousa ter decência

Em meio à orgia gritante?

O imutável mudou

Agora, tudo ao contrário

Frente e verso o que sou:

Erro constante ou acerto diário?

O que cuidava agora é cuidado...

Cuidado pra não quebrar!

Doei-me tanto e me foi negado

O direito que eu tinha de não me calar

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